A importância do exame de Sífilis
Publicado em : 26/03/2018
A sífilis já é uma doença perigosa se não descoberta e tratada, mas o seu risco pode aumentar na gravidez. Por isso, devem ser feitos exames para descobrir se há ou não infecção.
A sífilis é uma doença provocada pelabactéria chamada treponema pallidum. Ela é transmitida por contato direto com uma pessoa infectada, geralmente por meio de beijo ou sexo.
A sífilis primária caracteriza-se pelo aparecimento de uma úlcera não dolorosa no local infectado dentro de 6 semanas após a exposição. A úlcera é dura, com bordas elevadas e permanece várias semanas.
Cerca de 1 a 3 meses depois surge a sífilis secundária que dissemina essa úlcera pela pele (especialmente nas palmas das mãos e dos pés), causa adenopatias (aumento de tamanho dos gânglios linfáticos) generalizadas, febre, dor de cabeça, mal-estar, e em alguns pacientes aparecem condilomas (semelhantes a verrugas) na região vulvar (vagina), perineal (períneo) e anal (ânus).
Se a sífilis não for submetida a tratamento, passa à fase latente chamada de sífilis terciária, geralmente sem sintomas. Cerca de 1/3 das pessoas que não fazem tratamento, desenvolvem esse nível da doença em que podem surgir complicações graves, neurológicas, cardiovasculares, musculoesqueléticas ou multiorgânicas.
O diagnóstico pode ser feito através de exame microscópico das lesões, ou através de testes sorológicos.
A sífilis já é uma doença perigosa se não descoberta e tratada, mas o seu risco pode aumentar na gravidez. A transmissão para o feto durante a gestação ocorre a partir da 16ª semana, independentemente do estágio em que a infecção se encontra, e o grau dela depende do quanto o sangue da mãe está infectado com a bactéria.
Quando a sífilis na gravidez não é tratada, 40-50% dos recém-nascidos terão sífilis congênita sintomática. Isso quando não ocorre aborto espontâneo. Os recém-nascidos com sífilis congênita podem nascer sem sintomas ou ter os sinais clássicos da síndrome, apesar da maioria dos bebés não apresentarem sinais da doença nos primeiros 10 a 14 dias após o nascimento.
Os principais sintomas da doença em bebês são a úlcera dura que pode progredir para a descamação ou formação de vesículas, obstrução e muco na orofaringe,aumento do tamanho do fígado e baço,aumento de tamanho dos gânglios linfáticos, inflamação da retina e da coroide, entre outros.
Nos casos de sífilis não tratada durante a gravidez, no final da primeira semana de vida do bebê surge uma erupção maculopapular de coloração acobreada, habitualmente nas palmas das mãos e dos pés, região da fralda e à volta da boca e ânus. Os sinais tardios incluem dentes de hutchinson(incisivos pontiagudos), molares de amoreira, nariz em sela (ponte deprimida), pernas em sabre, alterações no fígado, baço, suprarrenais, ossos e medula óssea.
A sífilis congênita pode ser curada com um tratamento materno rápido e eficaz. Por isso, devem ser feitas sorologiasao longo da gravidez e novamente no parto (e se expostas a companheiro infectado), para que se houver infecção seja tratada com êxito.
O tratamento para a sífilis na gravidez é exclusivamente com penicilina. Portanto, pacientes com sensibilidade ao medicamento requerem teste cutâneo e os pacientes com alergia a penicilina necessitam de dessensibilização.
A reação de Jarisch-Herxheimer (reação ao tratamento da sífilis) ocorre mais frequentemente em pacientes com sífilis precoce/primária nas primeiras 24 horas de tratamento, tendo como características dores de cabeça, dores musculares, e dores nas articulações.
Na gravidez, esta reação pode adiantar o trabalho de parto ou prejudicar o desenvolvimento fetal. As sorologias pós-tratamento (RPR ou VDRL) devem ser realizadas pelo menos 1 vez por ano.
Assim, se está pensando em engravidar, está grávida ou simplesmente foi exposto (a) a uma situação de risco, não deixe de fazer os exames de prevenção. A sífilis tem cura e deve ser tratada o mais rápido possível após a descoberta da doença.Conte com o Laboratório Base para os seus exames, nós garantimos sempre o melhor para a sua saúde!